QUEM SOMOS
O Lar de São Vicente de Paulo (LSVP), é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos. Fundada em 1914, porém instituída legalmente em 09/08/2002, atualmente com a finalidade de prestar serviços de relevância social e interesse público, na modalidade de acolhimento institucional para idosos, com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, em situação de vulnerabilidade e/ou risco social e pessoal, na área da Assistência Social, quando esgotadas todas as possibilidades de auto sustento e convívio familiar; Lhes proporcionando a proteção social especial de alta complexidade e prestando serviços de atendimento de forma gratuita, universal, continuada, permanente e planejada, conforme prevê as normativas vigentes.
O pioneiro deste movimento em Salgueiro foi o professor Antônio Angelim de Maria. A confraria era composta por ele, Cícero Bentinho Rodrigues e outros cujos nomes não constam nos nossos arquivos, os quais importantes serviços prestaram às famílias carentes do lugar.
Esta sociedade caminhou por muitos anos ajudando seus socorridos nas suas próprias residências por intermédio da Conferencia Imaculada Conceição. Com o passar dos anos os vicentinos, construíram uma pequena casa de taipa (barro) como ponto de apoio para as pessoas que se deslocavam da zona rural para a cidade quando doentes e ou em tratamento de saúde. Ao longo do tempo foi crescendo a demanda de abandonados e idosos e os vicentinos lutavam para melhorar as condições dos seus assistidos.
Nos anos de 1950 o movimento havia tomado novos rumos e os vicentinos tinham a ideia de melhorar às condições de moradia daqueles albergados. A ideia foi amadurecida e concretizada com ajuda da comunidade local e Subvenção Estadual, que na época foi solicitada e chegou a contento. A casa foi demolida e no mesmo local foi construída uma casa em alvenaria que foi sendo adaptada pouco a pouco que surgiram às necessidades. Em 1953 foi inaugurada a nova casa com o nome Sociedade de São Vicente de Paulo – Casa do Pobre.
Nos anos subsequentes os trabalhos foram expandidos, mais pessoas foram ingressando no movimento como o notável Antônio Elizeu de Vasconcelos “Seu Tonheiro”, homem abnegado que muito contribui para o engrandecimento da Sociedade de São Vicente de Paulo na cidade.
Na década de 80, o Lar passa por outra reforma e desta feita contou com a colaboração da comunidade, da Pastoral da Família, do 8º Batalhão da Polícia Militar e a Prefeitura Municipal de Salgueiro, todos se empenharam pelo sucesso da iniciativa. Em 1990, o Conselho Regional de Salgueiro foi transformado em Conselho Central de Salgueiro tendo como presidente o Sr. Jorge Luiz dos Santos. Neste mesmo ano foi definida a área de abrangência do Conselho Central ficando sob sua jurisdição o Sertão do São Francisco, Sertão Central Sertão do Araripe e parte do Sertão do Pajeú.
Reconhecendo que o Lar estava inteiramente inadequado para a acolhida de pessoas que mesmo com alguma deficiência têm direito a usufruir de uma área livre para caminhar, tomar banho de sol, ver a vida, realizar alguma atividade, enfim, viverem plenamente.
Colocada a questão para a comunidade e o nosso desejo de enfrenta-la conjuntamente, houve o reconhecimento da ideia. Assim conseguimos o terreno, doação de várias pessoas da comunidade. Tudo isso foram movimentos desencadeados visando a construção do novo espaço. Doações de Entidades Públicas e Privadas e da Prefeitura Municipal de Salgueiro e uma quantia em dinheiro através do Padre Remi de Vettor do Centro Missionário – Belluno – Feltre – Itália, vieram ao encontro de nossas aspirações.
Com todo este envolvimento e apoio construímos uma casa no loteamento Copo de Cristal, atualmente Bairro Minervina Bezerra Franklin de Lima, com uma área de 2.400 m².
Envelhecer por muito tempo significou viver excluído da sociedade e ser um peso para a família. Nos últimos anos, com o avanço da ciência e da medicina, esta etapa da vida começa a ser vivida com mais qualidade. Além disso, alguns mitos referentes ao envelhecimento vem sendo quebrados. Conforme Kachar (2001), o perfil do idoso do século XXI mudou, ele deixou de ser uma pessoa que vive de lembranças do passado, recolhido em seu aposento, para ser uma pessoa ativa, capaz de produzir, participante do consumo, que intervém nas mudanças sociais e políticas.
A Lei nº 10.741/2003, Estatuto do Idoso, é um dos principais dispositivos de mudança de concepções sobre as pessoas idosas. O reconhecimento legal impulsiona diferentes sujeitos e espaços à repensarem conhecimentos e práticas acerca da velhice e do envelhecimento humanizado.
A instituição reconhece os direitos dos (as) idosos (as) garantidos na Carta Constitucional de 1988, na Política Nacional de Assistência Social, na Política Nacional de Saúde, no Estatuto do Idoso, e em quaisquer legislações que garantam os direitos sociais individuais e coletivos da pessoa acima de 60 anos de idade, e vem buscando mecanismos para assegurar os direitos tão bem expostos na legislação citada. Principalmente os direitos afiançados no art. 2º e 3º do Estatuto do Idoso.
Desta forma os confrades e consócias que hoje conduzem os destinos de tão conceituada entidade abraçam carinhosamente o desafio de melhorar de forma sempre crescente as condições daquele espaço físico sem esquecer, entretanto de fazerem prevalecer à caridade que aprendemos a praticar com São Vicente de Paulo e o Beato Antônio Frederico Ozanam.